Livro traz olhares sobre povos litorâneos de Brasil, Moçambique e Portugal
08 jun 2015
O que o Brasil, Moçambique e Portugal têm em comum está para além da língua falada. As áreas litorâneas desses três países de língua portuguesa, por exemplo, apresentam características semelhantes quanto à relação das populações pesqueiras com o mar, que implica determinados modos de viver, práticas sociais de uso e gestão por meio da pesca, da aquicultura e das coletas marinhas. A situação das populações costeiras em suas organizações e dinâmicas sociais deu origem ao livro Olhares Cruzados sobre Povos Litorâneos de Comunidades dos Países de Língua Portuguesa: Percepção acerca do Uso e Gestão de Territórios em Comunidades Haliêuticas no Brasil, Moçambique e Portugal (Belém – Lisboa – Maputo – Nampula).
A publicação foi lançada oficialmente na quarta-feira (3), durante a 19ª Feira Pan-Amazônica do Livro, que acontece no Hangar Convenções e Feiras, em Belém. O livro pode ser adquirido no local, pelo valor de R$ 60, e quem esteve presente durante o lançamento concorreu a um exemplar, sorteado na hora. O estande do Museu Goeldi tem sorteado livros para o público presente nos seus lançamentos. No mesmo dia, foram lançadas as publicações Amazônia, Zona Costeira e Plantas Aromáticas do Ver-o-Peso.
Além do uso e gestão dos territórios e dos recursos naturais, Olhares Cruzados revela faces do diálogo intercultural e da transmissão de conhecimentos que regem o nexo social interno e além das fronteiras dos povos litorâneos falantes do português. A obra, que surgiu da necessidade de expandir os conhecimentos antropológicos sobre segmentos haliêuticos amazônicos, nasceu pela iniciativa de um projeto de cooperação internacional, iniciado em 2008, que conta com equipes de três instituições, referentes a cada país estudado: a Universidade do Lúrio (Moçambique), o Centro de Estudo das Migrações e das Relações Interculturais da Universidade Aberta (Portugal) e o Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG/MCTI (Brasil).
A pesquisa visou à divulgação dos mecanismos de uso e gestão de territórios e seus respectivos recursos naturais em comunidades pescadoras. O estudo investigou os impactos causados por fatores como expansão urbana e ocupação desordenada, bem como a troca de experiências entre pesquisadores em compartilhamento com instituições comunitárias, além de consolidar ações de cooperação internacional.
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