Hélia Correia ganha Prêmio Luís de Camões 2015

18 jun 2015

Escritora Hélia Correia, vencedora do Prêmio Luís de Camões 2015 (Foto: Enric Vives-Rubio)

A escritora portuguesa Hélia Correia é a ganhadora do Prêmio Luís de Camões 2015, considerado o mais importante do gênero para escritores de língua portuguesa. Ela foi escolhida por unanimidade pela comissão julgadora que se reuniu hoje de manhã na Fundação Biblioteca Nacional (FBN), no Rio de Janeiro.

Nascida em Lisboa, em 1949, Hélia Correia é poetisa, dramaturga e ficcionista. Licenciada em Filologia Românica, também atuou como professora do ensino secundário. Já recebeu o prêmio PEN 2001 (por trabalhos de ficção) pela obra Lillias Fraser, e o PEN de poesia 2013 pelo livro A Terceira Miséria. Outras premiações foram pelas obras A Casa Eterna (Prémio Máxima de Literatura, 2000), Bastardia (Prémio Máxima de Literatura, 2006) e Adoecer (Prémio da Fundação Inês de Castro, 2010). Em 2014, venceu a 23ª edição do Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco com a obra Vinte Degraus e Outros Contos.

A premiação, que destina o valor de cem mil euros para o vencedor, é realizada anualmente pelos Governos de Brasil e Portugal com o objetivo de estreitar laços culturais entre os países lusófonos. Este ano, o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Biblioteca Nacional, foi o responsável pela organização do evento no Brasil.

Satisfação

O resultado foi comunicado pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, ao secretário da Cultura de Portugal, Jorge Manuel Barreto Xavier. Segundo o ministro, foi grande a satisfação em comunicar o nome da ganhadora. “Isso  mostra a relevância e a diversidade da literatura portuguesa”, destacou.

A comissão julgadora foi composta por Antonio Carlos Secchin e Affonso Romano Sant`Anna, do Brasil; Rita Marnoto e Pedro Mexia, de Portugal; Inocência Mata, de São Tomé e Príncipe; e Mia Couto, de Moçambique, que participou via web conferência.

O júri, presidido por Rita Marnoto, considerou que a obra de Hélia Correia é multifacetada em termos de gênero (poesia, ficção, drama) e de estilo e que renova a tradição literária a partir das matrizes da Antiguidade Clássica, ao mesmo tempo em que dialoga com a literatura moderna e contemporânea. Conforme consta na ata da reunião: “a sua escrita inspira-se no imaginário telúrico e numa espiritualidade que resulta da conciliação de crenças de diferentes culturas. A escrita é uma celebração da sabedoria antiga que resgata um sentimento poético que se perdeu no tempo”.

Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura